sexta-feira, 30 de abril de 2010

TRABALHO INFANTIL


(MENINO APRENDENDO A TRABALHAR)
Ideologia que apresenta efeitos devastadores no Brasil.



O trabalho infantil perdura no Brasil, mesmo com as ações e implementações de políticas de erradicação do trabalho infantil por parte do Estado brasileiro, das organizações internacionais e da sociedade civil.
Ficaria extenso, aqui, citar programas e Leis de proteção à criança, mas vale registrar que elas existem, mesmo com seus limites. Porém o que é urgente quebrar, hoje, são as ideologias à respeitodo Trabalho Infantil. É muito comum, principalmente na zona rural, a expressão “ele num tá trabaianu, só tá aprendenu a trabaiá”, porém esse aprender tem um custo muito alto para a criança/adulto, pois a criança dedica muito mais tempo às “atividades da roça” do que à escola e suas atividades como a criança que é. A criança vai para escola, voltando da escola, vai para roça e só pega o material escolar no dia seguinte, é essa a rotina. O destino dessa criança é ser igual ao pai. E infelizmente, para ele viver dignamente -quando adulto- é necessário que ele se prepare e essa preparação não está nesse tipo de atividade, pois ela não exige nenhuma qualificação e trará inibição/limite para enserção do futuro adulto no mercado de trabalho.
Ao lado desta ideologia, encontra-se a situação econômica e o nivel de instrução dos pais potencializando as chances de ocorrência do trabalho infantil. Essas são barreiras sociais e culturais que nem mesmo o PETI- Programa de Erradição do Trabalho Infantil, a Bolsa Família, a Bolsa Escola, a Constituição Federal, o ECA e outros tantos instrumentos de proteção à criança tem conseguido quebrar. A família não tem garantido a frequência da criança na escola, e a Constituição e o ECA apresentam baixa aplicabilidade devido as lacunas na própria legislação e a falta de mecanismo para cumprimento e punição para quem desobedecer a Lei.
Fica então, a certeza da impossibilidade -no momento- da erradicação do trabalho infantil, pois falta a consciência e a condição econômica dos pais. O Estado afirma que tem condições de financiar as políticas públicas, porque o número de excluídos é bem maior que as possibilidades do estado e isso é sentido na falta de verbas em Programas como o PETI e outros.A Lei fica só no papel. E as crianças continuam trabalhando na cidade e no campo.

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